Sou Dinamarquesa, tenho 26 anos e hoje em dia trabalho como cozinheira e food stylist.
Vivo em Portugal há 14 anos, veio cá com a minha família viver com 12 anos como o meu pai trabalha na NATO. `

Quando era pequena queria ser piloto ou actriz ou apresentadora e como tal, estudei numa escola muito exclusiva de performance arts (dance, acting + singing) até ir a Portugal. Aqui, em Portugal, fui a escola Americana em Sintra e teve a minha graduação em 2008, eu com 18 anos, com higher levels em Biologia, Business Management e Inglês.
As 14 anos fui descoberta como manequim. Aceitei começar a minha carreira assim porque acreditava que me podia trazer mais perto do mundo de representação.

Até 2015 trabalhei como manequim, mas sempre houve algo que não me "preencheu" como manequim, nunca me senti aceita nesse ramo aqui em Portugal e começou a ser mais um trabalho do que uma paixão e comecei a sentir me aborrecida porque já não conseguia crescer mais, independente da minha vontade, por vários factores. 

A vontade de ser atriz/apresentadora ainda tenho, mas devido ao meu português na altura, e talvez ainda a minha pronuncia, ainda não foi possível. Mas hey - o Chakall tem pronuncia e os Portugueses não se queixam disso!? :)

Uma vez que nos últimos três anos de trabalhar como modelo teve muito menos trabalho comecei a dedicar me a cozinha que para mim é uma coisa que sempre me relaxou e sempre adorei, mas nunca pensei possível como carreira. 

Quando fazia bolos em casa levava aos trabalhos que tive e os meus amigos e colegas adoraram. Abri uma página de website para os meus amigos que gostavam de ter as minhas receitas. Com o sucesso da página, gostava de ganhar mais experiência do que a minha experiência "domestica" e mandei o meu currículo a restaurantes, mas vários entidades ou ignoraram por completo ou ligaram me com a resposta tipo "não tens medo de partir uma unha?", "tens certeza que não vais chorar" "isto não é um sitio para meninas", etc.

Acontece que um dos meus amigos mandou-me o anuncio do casting para a programa televisivo culinário em que participei. 

Resolvi tentar entrar para provar aos restaurantes que não se devia julgar um livro pela capa e que eu de facto não tenho medo de partir uma unha, mas não passei a fase da mega casting.
Em 2015, eu estive a praticar todo o ano até o momento do casting para poder entrar e foi neste ano que ganhei o segundo lugar (segunda versão da programa).

Hoje em dia estudei no Le Cordon Bleu e trabalho somente como cozinheira, tenho uma empresa de catering “Ann-Kristin Catering”, um livro no mercado, um bolo comercial (já não ha venda em grande superficies) e uma vontade de atingir os meus objectivos enormes. Eu sinto que é uma boa carreira para a minha personalidade que não gosta nada de rotinas.
É duro, e é de facto um "mundo de homens" onde que a força física é preciso, mas também é gratificante quando vejo as pessoas a adorar um prato/a comida que fiz para eles.